Storyteller #01 – Say My Name

No momento estou esperando o jornal de hoje.
Sozinho, remoendo meus pensamentos.
Ontem perdi o controle. E por mais que eu tente, não consigo me arrepender.
Antes de contar o que fiz ontem, deixem-me contar um pouco do drama que me fez chegar ao extremo.

Desde minha existência, existe algo que me atormenta, me enlouquece.
Algo que desperta em mim um instinto que verdadeiramente me assusta.
Por mais que eu tente, por mais que eu lute, por mais que me esforce, não adianta: Nunca acertam meu nome.
Venço inimigos invencíveis, derroto o vilão que queria destruir o mundo, suporto companheiros insuportáveis durante a jornada, salvo pela milionésima vez a princesa e… mesmo assim não acertam meu maldito nome.
Não se contentam em errar meu nome pela pronúncia, uma letra, sílaba ou gênero! Não! Me chamam por outro nome.
E com o passar dos anos, passei a odiar ouvir tal nome dirigido a mim.
Por exemplo, outro dia estava eu no supermercado comprando algumas cenouras para minha égua quando ouço mais uma vez o nome que me causa náuseas. O nome que não era O MEU!
Não que eu odeie o nome, nada disso.
Eu só odeio ser chamado por esse nome! SERÁ QUE NINGUÉM SABE MEU MALDITO NOME?!?!?!

Mas então, como eu estava dizendo, ouvi me chamarem pelo tal “nome” no supermercado. Fechei os olhos, levei a mão até o cabo da espada e… suspirei.
Ok, eu não fiz nada, mas em minha mente eu decapitei quem quer que fosse que estivesse me chamando.
Olhei para a pessoa, sorri e atendi o seu chamado sem nada falar.
Não consigo gritar para os desgraçados que me chamam pelo “nome” que meu nome não é o maldito “nome” por que eu sou mudo, ok!
Se fosse surdo não ficaria ouvindo o “nome” em cada canto.
Bem, como eu já disse, eu não odeio o “nome”. Não tenho nada contra o “nome”.  Eu até gosto. Mas não é o meu, só isso.

Tive que procurar uma psicóloga para me tratar. Pois essa maldita confusão me persegue há mais de 20 anos.
Corria tudo bem, até que ao ler minha ficha ela chamou sua secretária e pediu para trazer a ficha correta, pois aquela não era a ficha do famoso paciente que estava na sala, no caso, eu. O problema é que aquela ERA a minha maldita ficha! E aquele ERA meu maldito nome!!
Mas é claro, a psicóloga não sabia.
Me levantei e me retirei do consultório.

Se bem que, pensando melhor agora, o que eu ia falar para a psicóloga já que eu sou mudo?
Se sou famoso e considerado um herói no Mundo dos Games, então… COMO AS PESSOAS PODEM NÃO SABER MEU NOME?!
Como é possível todo mundo conhecer meu rosto, meu gorro verde, minhas orelhas pontudas e não saberem meu nome?
Seria extasiante poder gritar para todos esses imbecis que meu maldito nome é…
Ah, deixa pra lá. Não posso gritar mesmo.

Então me digam como posso lutar contra isso? Como posso ser reconhecido pelo meu verdadeiro nome?
Vocês aí devem estar pensando: “Oras, por que ele não escreve?”
Eu já tentei, acreditem. Nessas ocasiões, ou acharam que eu estava fazendo piada ou mentindo.
Aí quando sou quase (ou totalmente) dominado pelo desejo de matar qualquer um que me chama pelo tal “nome”, sou considerado maluco.

Pois bem, voltando ao que aconteceu ontem.
Tinha que ir ao banco sacar meus lucros por direitos autorais dos meus jogos. Claro que o recibo vem no meu nome, mas invariavelmente tenho que provar que não estou me passando por outra pessoa, já que todo mundo associa meu rosto ao “nome”.
Cheguei ao Atendente do Banco e apresentei meu documento. Lá estava escrito meu nome, logo abaixo da minha fotografia. Qualquer imbecil que saiba ler consegue ler meu nome no documento e ver minha fotografia. Um simples conferência.
Mas entendam que eu disse qualquer imbecil! E o atendente não era qualquer IMBECIL!
E como acontece em todas as vezes, o Atendente me pediu um momento e foi chamar o gerente.
Para ajudar, trocaram o gerente da agência. E obviamente este outro imbecil (também de uma espécie especial) não saberia meu nome também.
E lá vinha o Gerente: Um homem barrigudo com uma cicatriz vermelha na bochecha direita em formato de meia lua.
Era impossível não notar a cicatriz e sua bem servida barriga.
— Boa tarde senhor. Qual o seu nome por gentileza? — ele me perguntou.
Apontei para minha garganta, mostrando que não podia falar.
— Ah, o senhor é mudo?
Acenei afirmativamente com a cabeça.
Ele me olhou desconfiado, com um meio sorriso irritante e me perguntou:
— Entendo, mas o senhor pode escrever em algum papel o seu nome?
Apontei para o documento.
— Então o senhor diz ser a pessoa do documento?
Novamente balancei a cabeça.
— Senhor, acho que temos um pequeno equívoco aqui, pois sabemos bem que seu nome não é esse do documento. O senhor é famoso, mas não podemos deixar que se utilize de documentos falsos para sacar o dinheiro de outra pessoa.
Suspirei profundamente e afundei o rosto nas mãos.
Tentei me acalmar, juro, mas o “Imbecil Especial” continuou:
— Vamos fazer o seguinte: O senhor vai embora e eu não chamo a policia, ok?
Eu apontei novamente, já tomado pela irritação, para o documento e para mim mesmo em seguida.
— Desculpe-me. Não adianta o senhor insistir, eu sei que o seu nome não é esse.
Percebi que com aquele idiota eu não conseguiria receber o MEU DINHEIRO!!
Enfim essa confusão de nomes estava finalmente atrapalhando minha vida.
Foi quando a fina parede que separava em mim o certo do errado se quebrou.
Tomado pelo ódio fechei meu punho, e no momento seguinte esse mesmo punho acertava em cheio boca do gerente.
Todo mundo me olhou assustado. Mesmo que não reconhecido pelo meu próprio nome, eu era uma celebridade.
Tentando diminuir os danos, fiz um gesto de pedido de desculpas para o gerente. Ele passou a mão na boca e cuspiu sangue no chão.
Quase sem esforço fez uma careta e disse:
— O senhor acha que por ser quem é, pode sair sacando dinheiro que não é seu e batendo nas pessoas? — ele se levantou — Vou ter de chamar a policia, senhor Zelda.
E ao ouvir o “nome”, tive a certeza que aquela visita ao banco não terminaria bem.

Quando entrei na agência, tive que deixar minha espada do lado de fora por conta do detector de metais. Por sorte não foi necessário deixar minha ocarina também, pois para eles ela era inofensiva.
Idiotas.
Com o passar dos anos descobri novos truques com ela, e um deles é extremamente útil: Parar o tempo.
Todos se assustaram quando puxei a ocarina do meu bolso, acreditando que eu estava armado.
Ainda não estava.
Me vi cercado de seguranças me apontando armas.
Sem me alarmar, levei a ocarina até a boca e toquei a melodia característica para parar o tempo. E magicamente todos ficaram imóveis.
Caminhei então calmamente para fora da agência, empunhei minha espada e voltei para dentro da agência. No caminho, aproveitei e peguei o revolver de um dos seguranças.
Eu poderia até fugir, mas meu ódio era mais forte naquele momento.
A desvantagem do poder de parar o tempo da ocarina é que ele é temporário. Dois minutos depois o tempo volta ao normal.
Mas antes que o gerente se desse conta de algo e chamasse a policia, ele sentiu o frio do aço de minha espada encostado em sua garganta.
Me olhando assustado ele disse:
— Mas c… mas como? — olhou para a espada e novamente para mim dizendo — Calma. Não faça nada de que possa se arrepender Sr. Zelda.
Pressionei mais a lâmina e um filete de sangue desceu pelo pescoço do homem.
Desesperado ele gritou:
— O que o senhor quer?!
O que eu queria? Ele queria saber o que eu queria.
Então eu mostrei a ele.
Ainda não contei para vocês, mas eu posso usar o poder de parar o tempo quantas vezes quiser a cada 30 segundos. E mais uma vez soprei as notas mágicas na ocarina.
Caminhei até um dos seguranças, que durante 2 minutos ficariam imóveis, e com a minha espada começo a cavar linhas no peito do homem.
Letra por letra.
Devo deixar claro que o corte não era profundo, mas sem duvida deixaria uma bala cicatriz no peito do pobre.
Assim que o tempo voltou a correr, um grito de dor assustou a todos. O segurança caiu no chão gemendo e gritando.
Os outros seguranças se mostraram mais agressivos e um deles gritou:
— Largue a espada.
Será que os idiotas não percebiam que o maior problema era a ocarina?
Claro que não. Eram todos imbecis.
Foi quando percebi uma movimentação estranha, e sem pestanejar apontei o revolver para a cabeça do gerente balançando negativamente a cabeça para os seguranças.
Um deles estava socorrendo o homem que cortei, e em meio ao atendimento ele gritou:
— Tem algo escrito aqui.
— O que? — perguntou o gerente com a voz trêmula.
— Espere, estou tentando ler… parece um “d”…  está escorrendo muito sangue, está difícil. — ele tentou esticar a camisa do outro que se contorcia em dor — Esperem… “Diga” é a primeira palavra. Pelo jeito, a outra palavra é “Meo”… estranho.  Não, não. A segunda palavra é “Meu”. Sim, e a terceira é…
— Diga logo! — gritou um dos seguranças.
— … “Nome”. — completou — “Diga meu nome”, é isso que está escrito.
Eu olho taciturno para o gerente e ele me pergunta:
— Foi você que escreveu isso?
Acenei positivamente.
— Como?
Dei de ombros.
— Eu já disse seu nome! Já te chamei de Zelda.
Mais uma vez, calmamente levei a ocarina a boca e fiz o tempo parar.
Fui até o segurança mais próximo e repeti meu texto no peito do pobre homem.
Desta vez sou não fui tão cuidadoso ao escrever meu desejo, e para falar a verdade, senti um leve prazer em cortar a carne do segurança até as costelas.
Assim que comecei sabia que ele não iria sobreviver.
Se ninguém sabia meu nome, qual o problema haveria em matar dois ou três deles?
Ninguém sabia mesmo quem eu sou! Se a policia perguntasse, falariam que havia sido o Zelda.
E EU NÃO SOU O ZELDA!!!!

Você deve estar pensando que surtei e… talvez você tenha razão. Eu devo realmente ter surtado.  Mas veja bem, eu passei mais de 20 anos sendo chamado pelo nome de uma maldita mulher, cujo meu papel em meus jogos era o de salvá-la!
Eu sou o herói do jogo!
Eu!
Não a princesa, droga!
Eu só tinha a certeza que isso acabaria ali, naquela agência! Ou me chamariam pelo meu nome, ou todos iriam morrer.
O tempo voltou ao seu curso e mais uma vez um grito angustiante cortou o ar.
Porém desta vez foi seguido de um engasgo e sangue jorrando da boca do homem.
Desta vez os seguranças se assustaram de verdade e se afastaram um pouco de mim.
Lá fora vejo as primeiras viaturas chegando.
Não tinha a mínima ideia de quem havia chamado a policia, provavelmente algum caixa ou cliente, mas para mim não havia importância. Eu iria até o fim.
Um dos seguranças gritou:
— “Diga meu nome”! Ele escreveu mais uma vez isso.
— Eu já disse seu maluco! — gritou o gerente — Zelda! Zelda!!!!
Ouvir esse nome dirigido a mim duas vezes seguidas ligou algo no meu cérebro.
Não o desejo assassino, pois isso já estava ligado desde a primeira vez em minha existência em que alguém me chamou de Zelda.
Não.
O que ligou no meu cérebro naquele momento foi a certeza que só iriam me chamar pelo meu nome quando eu fosse reconhecido não por ser o personagem jogável de “The Legend of Zelda”. Naquele momento eu tive a certeza que só acertariam meu nome se fosse lembrado como “O Assassino do Massacre da Agência Bancária”.
Sim, isso soava bem.
Nas reportagens, mesmo que os assassinos tenham um apelido, sempre o chamam pelo nome correto em algum ponto da notícia. E era exatamente disso que eu precisava.
Ou seja, para ser reconhecido, eu precisava matar a todos que estavam naquela maldita agência bancária.
Então segui com meu plano.
Levei novamente a ocarina aos lábios, mas enquanto tocava a melodia escutei um tiro cujo som sobressaiu sobre a ultima nota.
Olhei em volta e sorrindo percebi que novamente o tempo havia parado. Porém, ao olhar para a ocarina na minha mão percebi que não somente a ultima nota havia sido despedaçada pelo disparo da arma de fogo.
Em minhas mãos a ocarina estava em cacos.
Pouco mais a frente, a minha direita, vi suspensa pelo ar a bala que destruiu minha ocarina. Uma maldita bala de fuzil.
Tomado pelo ódio cego, segui com o olhar o caminho inverso que a bala deve ter seguido, e vi do lado de fora da agência um dos policiais atrás de uma viatura mirando para dentro da agência.
Tentei controlar o ódio cego e transformá-lo apenas em ódio objetivo, pois tinha pouco tempo para tomar uma decisão.
Eu tinha então três opções:
1 – Fugir sem matar mais ninguém e quem sabe, por um milagre, conseguir me safar.
2 – Sair da agência e matar o desgraçado que destruiu minha ocarina.
3 – Matar a todos dentro da agência com minha espada.
Pensei por 5 segundos e facilmente tomei minha decisão.

Pouco menos de dois minutos depois, gritos engasgados com sangue, corpos caindo no chão, quatro balas de revolver atingindo quatro cabeças ao mesmo tempo e um grito desesperado do gerente são os sons que tomaram a agência bancária.
Pouco antes do tempo voltar a correr, eu já havia me deitado no chão e levado as mãos a nuca.
O gerente gritava deliciosamente desesperado com as mãos sobre o rosto.
A agência foi tomada pela polícia e eu fui algemado com certa truculência.
Na verdade, não estava ligando muito para isso, pois pelo menos agora vão ser obrigados a saberem quem eu sou na realidade.
Um dos policiais, provavelmente um superior, me perguntou:
— Você sozinho matou esses seguranças e feriu outras duas pessoas?
Balanço afirmativamente a cabeça.
— E qual seu nome?
Apontei para o gerente que se contorcia de dor. O policial foi até ele e disse:
— Calma senhor, as ambulâncias já estão chegando. Preciso que o senhor tire suas mãos do rosto por um momento.
O gerente relutante retirou as mãos e o policial viu escrito pela minha espada, de uma bochecha a outra do homem o meu nome.
Ele se virou para mim dizendo:
— Não sei o que se passa nesta sua mente doentia para fazer o que fez aqui. Mas se queria chamar atenção, sinto dizer que conseguiu. — olhou para outros policiais — Podem levar este maluco.
E com um sorriso nos lábios fui levado para uma das viaturas, e de lá para a delegacia.

No dia seguinte eu acordei na cela da delegacia, sem minha espada e obviamente sem minha ocarina. Mas sabendo que os jornais já deveriam estar em circulação e que meu nome já deveria ser conhecido por todos, me consolei.
Comecei a bater minha caneca de beber água nas grades.
Não demorou muito e o carcereiro se aproximou resmungando.
— O que você quer maluco?
Para minha sorte, como um clichê ambulante, o carcereiro trouxe consigo um jornal enrolado na mão direita. Aponto sorrindo para o jornal.
— Tú deve ser muito maluco mesmo, hein Rosinha? Ontem causa um verdadeiro massacre, e hoje ainda quer ver as noticias sobre?
Animadamente balancei a cabeça. Naquele momento, eu não entendi o porquê de me chamar de “Rosinha”. Inocentemente acreditei se tratar de uma gíria.
— Ah. — ele disse — Pode pegar. Provavelmente você vai ser condenado a morte mesmo, que mal isso irá fazer. — me passou o jornal enquanto sorria maldosamente.
Eu nem ligava se fosse condenado a morte. Queria mesmo é saber das noticias sobre o massacre do dia anterior.
Encontrei a manchete mais linda que já li em minha vida.
Logo abaixo estava a reportagem:

Massacre em Agência Bancária

Na manhã de ontem, um personagem do vídeo-jogo conhecido como “The Legend Of Zelda” invadiu a Agência Bancária do Banco BanGam, que fica no centro da cidade. O personagem, que durante anos foi conhecido como “Zelda”, entrou na agência e aparentou ficar extremamente irritado ao ser chamado de “Zelda”.
Por ser totalmente mudo, o personagem não conseguia falar para o gerente da agência seu verdadeiro nome.
Ainda não ficou especificada qual era a real dificuldade do personagem, já que o mesmo poderia escrever em uma folha de papel ou mostrar um documento para se identificar.
E ele realmente escreveu seu nome para ser identificado, porém o personagem decidiu usar sua espada como caneta e usou o corpo de dois seguranças  como papel, escrevendo a frase “Diga meu nome”.
Um dos seguranças não resistiu aos ferimentos causados pela escrita e veio a falecer no hospital.
E mesmo assim, disseram as testemunhas, o gerente continuava chamado o personagem de “Zelda”, deixando o personagem cada vez mais irritado.
Foi quando a policia chegou, e de acordo com as testemunhas, num piscar de olhos quatro seguranças foram baleados ao mesmo tempo na cabeça, dois foram degolados e o gerente teve a face mutilada pelo personagem, desta vez com seu verdadeiro nome.
Ninguém soube explicar como isso aconteceu, mas desconfiam de um artefato parecido com uma flauta que o personagem tocava antes dos ataques e mortes, e que foi destruído na ofensiva da policia.
Quando a policia entrou na agência, o personagem não esboçou reação, já de costas e rendido no chão.
Quando questionado sobre qual era seu nome, o personagem apontou para o gerente.
Tantas mortes ocorreram apenas por que um personagem de vídeo-jogos não queria mais ser chamado de Zelda.
E para o espanto do policial, no rosto do gerente, em meio a muito sangue e cortes profundos ele conseguiu ler o que de acordo com o personagem era o seu verdadeiro nome:
“Pink”
Pink?
PINK?!?!?!
Que merda é essa de Pink?!
Eu li e reli dezenas de vezes para tentar entender como chegaram a conclusão de que meu nome era Pink!!!
Não cacete! Meu nome NÂO É PINK!!
Por que? Por que?
Foi quando como um soco no estômago me lembrei de algo que em meio a confusão e a pressa ao cortar o rosto do gerente não me atentei: A cicatriz vermelha em forma de meia lua na bochecha do desgraçado.
Não acredito!
Outro Imbecil Especial!
Tanto esforço para no fim eu ser conhecido como “Pink”!
Tanto esforço para que um maldito policial não conseguisse diferenciar uma cicatriz antiga de um corte recente?
Tanto esforço para escrever meu nome de uma forma que quem olhasse para o rosto do gerente conseguisse ler corretamente, para que a droga de uma cicatriz fizesse que a letra L parecesse com a letra P?
Pois é, nunca pensei que um dia eu fosse preferir ser chamado de Zelda.

Autor: Ricardo Romeiro, o Kaduk

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