Review – Tales from the Borderlands

Já quase me auto-rotulando um expert nos jogos da Telltale, ainda sim realizar uma análise sob a experiência sobre os dois primeiros episódios de qualquer game dessa empresa é extremamente complicado, pois não passamos nem mesmo da metade da experiência narrativa e compreendemos as reais consequências de todas as decisões possíveis. Certamente não seria uma analise completa, mas tentarei expor aos leitores uma vaga ideia do que pode vir a ser Tales from the Borderlands, e quais foram minhas sinceras opiniões ao jogar os episódios 1 e 2, lançados até o momento desse review.

Em Tales from the Borderlands existem dois personagens centrais que iremos controlar. O primeiro deles é Rhys, um funcionário da Hyperion que se encontra numa cilada, pois aguardava ansiosamente por uma promoção que lhe fora prometida mas que foi recusada na última hora. Por vingança, Rhys resolve aprontar para cima do responsável pela perda da sua promoção: Vasquez. A segunda personagem jogável é Fiona, uma trambiqueira que age em conjunto com sua irmã e o seu tutor, na superfície de Pandora. O destino destes dois personagens estão ligados e serão cruzados de tal forma que, não cabe aqui relatar, mas que somente jogando os episódios teremos a verdadeira noção do que se trata.

O foco principal da Telltale sempre foi nos personagens e sua interação junto ao jogador, trazendo-o para dentro da narrativa. Como não poderia deixar de ser, Tales from the Borderlands não foge à regra. A interpretação dos atores é algo fantástico, independentemente do caminho a tomar com seus personagens e ao moldar seus comportamentos. São os próprios jogadores quem decide se farão alianças ou traçaram linhas contrarias entre Rhys e Fiona. Por mais que exista alguma liberdade de decisão, não chegam a alterar drasticamente os eventos futuros com as suas escolhas. Parece-nos evidente que Rhys e Fiona não saíram exatamente amigos de infância nessa aventura, e por muitas razões claramente expostas durante estes primeiros episódios, irão apenas definir o nível da agressividade entre ambos.

Embora controlamos a maior parte do tempo Rhys e Fiona, outros personagens habitantes de Pandora e empregados de Hyperion também serão controláveis, em certos momentos. Um deles é Shade, que parece uma versão cartoonizada  de Johnny Depp no filme Medo e Delírio em Las Vegas. Há também o fiel companheiro de Rhys, Vaughn, e a irmã de Fiona, Sasha.

Durante os últimos anos, nos jogos da Telltales, habituamo-nos a esperar puzzles simples, muitas opções de diálogos e algumas seções de Quick Time Events. Tales from the Borderlands não foge à regra, mas consegue encontrar um bom equilíbrio entre todos os elementos, o que ajuda a manter o ritmo e o clima em episódios. Existem alguns momentos um pouco mais lentos, onde é possível utilizar o olho cibernético de Rhys para obter mais informações extras dos objetos ao seu redor. O fato de Tales of the Borderlands incluir dinheiro e recompensas abre um leque de situações e mecânicas que não estão presentes em outros jogos da Telltale.

A Telltale Games especializou-se na construção de ótimos argumentos dramáticos, porém em Tales from the Borderlands nota-se uma mudança bem vinda sob um prisma mais cômico. Temos que enaltecer a forma como a Telltale conseguiu adaptar o universo de Borderlands, criado originalmente pela Gearbox Software, para suas próprias mecânicas.

No meu ponto de vista, este é o melhor episódio de estreia de toda a série da Telltale Games. A jogabilidade é divertida e o ritmo da narrativa é intenso e altamente fiel ao ambiente. Por vezes é possível imaginar que estamos jogando um spin-off da própria Gearbox!.

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