
Por mais que esteja diretamente relacionado a Wolfenstein: The New Order, The Old Blood é seu antecessor natural e completamente independente, não exigindo o jogo original para funcionar. Por cerca de R$ 35,00 (na Live), podem render boas horas de história e diversão, divididas em uma campanha composta por oito capítulos.
O enredo de Old Blood é bem coerente, embora alguns jogadores afirmem que a história de New Order seja ligeiramente superior. Na minha opinião, por tratarem de temáticas distintas (Old Blood ligado ao ocultismo, enquanto New Order à ficção cientifica). Nas primeiras missões dessa expansão, o foco é a furtividade. Porém, eventualmente sermos colocados à prova diante de desafios/inimigos na base da bala. Já mais para a metade e final, Old Blood mostra-se que é um FPS nativo, sem muita firula. É você e seu canhão e ponto final.

É possível resumir da seguinte maneira: trata-se de um misto de ataques furtivos com algumas trocas de tiros intensas, em que caso a furtividade falhe, já era! Restando mesmo abrir caminho na marra após soarem o alarme, inundando as fases com inimigos
A inteligência artificial dos inimigos já não era brilhante, antes em New Order, como não é aqui com Old Blood. É muito estranho ver que eles ignoram completamente os amigos mortos exatamente ao seu lado. Por outro lado, as mortes furtivas são muito bacanas, e quando têm de enfrentar a questão com balas, mostra-se um FPS baste competente e honesto no que se propõe à fazer.

Parte da beleza e diversão dessa nova série Wolfenstein, está diretamente relacionada com o seu armamento à disposição. O detalhe individualizado, o peso real para cada arma, além das animações de recarregá-las são extremamente bem realizados. Sem dúvida, a Machine Games sabe perfeitamente como representar com qualidade no detalhe, como por exemplo a animação de BJ ao limpar a poeira da sua arma. Fascinante!
Sua narrativa é justa, não sendo nenhuma obre de arte em originalidade. Creio ser bem equilibrado e suficiente para motivar o jogador a continuar interessado por algumas horas de jogatina. Serão apresentados alguns personagens interessantes pelo caminho, interpretados por atores que realizaram um excelente trabalho ao dar vida aos seres digitais. Considerando o estilo do jogo (FPS) e a duração da campanha (cerca de 6 horas), pareceu me bem adequada e distribuída, mas longe de ser impressionante.

No aspecto gráfico/visual, Old Blood destaca-se. Existem alguns ambientes que são interessantes de explorar em cenários gigantescos. O castelo de Wolfenstein (onde grande parte da história se passa) é ridiculamente fantástico, com lugares assustadores e corredores claustrofóbicos. Tudo acompanhado por uma trilha sonora de arrepiar. Ótimo trabalho técnico unindo gráfico e som.
Além da campanha em si, o principal atrativo dessa expansão, é um modo extra para quem gosta de correr atrás de conquistas/troféus e rank de pontuação. Neste modo, é possível repetir as melhores fases da campanha principal, buscando melhores pontuações à leaderboard. Com o fator limite de tempo avassalador, torna-se uma experiência que incentiva a alguns riscos, caso busquem por pontuações mais altas.

Apesar de conter muitos aspectos similares à New Order, Old Blood mantém em seu cerne vários momentos e conceitos positivos contidos no outro titulo. Em resumo, Wolfenstein: Old Blood não é brilhante, mas é honesto naquilo que pretendia entregar. Um FPS simples, robusto e extrema qualidade técnica.
