Falando de Games #06 – Be The Batman

Sem SPOILER!

Olá, amigos do meu, do seu, do nosso GameSphera! Bem vindos a mais um Falando de Games! Pela musiquinha vocês já devem imaginar quem será o tema do mês. Ele pode ter muitas facetas, mídias, intérpretes, uniformes, mas realmente não dá pra falar do Batman sem lembrar a musiquinha tema do antigo seriado de TV! Mas como falamos de games, não de programas de TV, vamos falar sobre uma das franquias mais bem sucedidas no mundo dos games: a série Batman Arkham. Preparados para ser o Batman?

Origens

Como todo mundo já sabe, Batman é um personagem da DC Comics (jura?????) criado por Bill Finger e Bob Kane em 1939. Batman é o alter ego de Bruce Wayne (jura de novo??? kkk) e a menos que você venha de outro planeta, sabe que ele viu seus pais serem assassinados por um assaltante quando ainda era um menino e isso o motivou a ser um justiceiro. Quando cresceu, ele saiu pelo mundo estudando as mentes criminosas e aperfeiçoando técnicas de luta e concentração para combater o crime e fazer justiça. Batman é uma figura controversa por aspectos singulares, primeiro porque que ele não mata, segundo ele é contra o uso de arma de fogo (consequentemente usando aparatos tecnológicos e técnicas de luta não letais) e terceiro ele não possui qualquer poder sobre-humano ou superpoder. Ainda assim, Batman é um dos heróis mais conhecidos do mundo e da cultura pop.

Nenhum super poder, um dos maiores heróis da cultura pop!

Como eu disse lá no começo, o Batman já teve vários filmes, desenhos, gibis, histórias, brinquedos, produtos diversos, além de claro, games. Porém nenhum jogo que tenha marcado a trajetória do personagem de forma significativa. Com o advento de uma nova trilogia do homem-morcego nos cinemas feita brilhantemente por Christopher Nolan, em que se explorou um Batman mais próximo da realidade e muito mais sombrio, além do sucesso dos recentes filmes de super-heróis da Marvel, era passada a hora de um game à altura da popularidade do Batman ser criado e ele veio pelas mãos da Rocksteady Studios, desenvolvedora britânica hoje pertencente a Time Warner e que conseguiu ser nomeado o estúdio do ano em 2009 no Spike Video Game Awards graças ao game hoje considerado um dos melhores da geração passada: Batman Arkham Asylum

E os games de Super -heróis nunca seriam mais os mesmos!

Asylum

Lançado em 2009, Batman Arkham Asylum é baseado diretamente nos quadrinhos e não possui influencia ou cronologia com nenhum dos filmes, com exceção talvez do clima mais sombrio da trilogia Nolan e nada mais. O roteiro ficou a cargo de Paul Dini, responsável pela série animada clássica de 1990 do herói. A trama supercomplexa gira em torno de um plano orquestrado pelo Coringa, que coloca fogo na prisão de Gotham City, a Blackgate, fazendo a polícia transferir temporariamente para Arkham os prisioneiros comuns, entre eles, alguns inimigos do Batman. Como todos sabem, Arkham é uma prisão psiquiátrica, e o Coringa consegue juntar loucos e sãos no mesmo lugar. É brilhante. Como parte do plano ele se deixa capturar e com a ajuda da Arlequina, escapa e toma o controle de Arkham, ameaçando explodir bombas pela cidade caso alguém invada o complexo. Sendo assim, Batman está sozinho para caçar todo mundo parar o Coringa! O objetivo final do Coringa é obter a droga chamada Titan, que está sendo produzida em Arkham e que é baseada na droga Venom, que dá super força ao Bane! A intenção é criar um exército poderoso, injetando a droga nos prisioneiros! Batman precisa usar seu arsenal tecnológico, incluindo uma Batcaverna construída anos antes ali para o caso de uma crise como essa, e toda a sua capacidade de detetive e de se esconder nas sombras para derrotar os prisioneiros, vencer seus maiores rivais e acabar com o plano do Coringa!

Visuais adultos, sensuais e agressivos!

Com um cenário vasto, visual incrível e controles precisos, Batman Arkham Asylum foi talvez  um dos games que mais deixou as pessoas curiosas e com “o pé atrás” como dizem, dado o histórico de games ruins baseados em super-heróis, mas felizmente seu sucesso foi na mesma proporção ganhando inclusive versão “Game do Ano”! Vendeu muito e arrendou diversos prêmios, entre eles o BAFTA de Melhor Jogo vencendo um dos grandes favoritos da época: Uncharted 2.

Mas tanta perfeição não foi feita da noite para o dia e a produção se preocupou com cada detalhe. Algumas curiosidades da comunidade virtual argentina Taringa dá conta que somente para a capa do Batman foram dois anos inteiros de trabalho e o site CriticalHits completa dizendo que esse trabalho ficou a cargo de apenas um técnico, foi tipo o trabalho da vida dele dar vida a capa do Batmam (trocadilho horrível…kkk). De acordo com o Taringa, somente a Hera Venenosa possuí 44.674 polígonos e há 324 televisores para serem destruídos em todo jogo. Algo muito interessante de saber é que a visão chamada de “Modo Detetive” é bem similar à forma como os morcegos realmente “enxergam”, ou seja, eles pensaram em tudo!

Um jeito diferente de “ver” as coisas…

O jogo também é cheio de easter eggs, segredos escondidos e espalhados, como os manequins do Coringa com TV no lugar da cabeça que fala sobre importantes sagas dos quadrinhos ou sobre personagens do universo Batman e o corpo de Ra’s Al Ghul que aparece no necrotério, mas depois desaparece, porque supostamente foi resgatado por seus seguidores.

Imortal?

Tudo bem que Batman Arkham Asylum já não é mais novidade, mas quem jogou sabe que vale o repeteco e para quem ainda não teve a chance de jogar e ainda está na geração passada, esse game é obrigatório!

City

Acreditando em seu potencial, Arkham foi concebido para ser uma trilogia e o sucesso de Asylum garantiu a segunda parte, chamada de Batman Arkham City. Com o desafio de manter o sucesso do antecessor, esse game conseguiu a proeza de poucos: ser ainda melhor! Lançado em 2011, ganhou quatro prêmios no Spike Video Games Awards daquele ano: melhor jogo adaptado, melhor jogo de ação e aventura, melhor jogo para  Xbox 360 e melhor personagem.

Mais desafios, mais vilões e mais ação!

Depois de explorar um hospital imenso com ambientes variados, inclusive no subterrâneo, o cenário se expande e o famoso conceito de “mundo aberto” chega à saga ampliando a campanha e trazendo inúmeros desafios paralelos, as chamadas missões secundárias. Porém, segundo Dax Ginn, diretor de marketing da Rocksteady, o objetivo de Arkham City nunca foi ser o maior jogo de mundo aberto, mas o mais detalhado.

O enredo conta que depois dos eventos em Arkham Asylum, o prefeito de Gotham murou um conjunto de bairros e o transformou em prisão: a Arkham City. Ainda em consequência de sua busca pela droga Titan, o Coringa está doente e também contamina Batman para persuadi-lo a encontrar a cura, que vai cruzar com Mr. Freeze, Pinguim, Duas Caras, Mulher Gato, Ra’s Al Ghul, Robin e outros personagens, além de mais novidades tecnológicas e os amados e odiados DLC’s (Com uma aventura da Mulher Gato e também com a vingança da Arlequina)

A cidade do crime!

São pelo menos 40 horas de jogatina e uma cidade inteira para explorar! O Taringa também publicou uma lista de curiosidades e a mais louca delas é que, depois de passar pelo Joker Funy House se você voltar lá irá encontrar a fantasia da Arlequina do game anterior e um teste de gravidez positivo. Nos créditos, depois de terminar o game, o Coringa canta uma canção de ninar. Seria um bebê Joker a caminho? (Mas o alarme ou foi falso ou o teste falhou (ou a Rocksteady desistiu da ideia), porque na DLC da Arlequina, em determinado momento se vê outro teste de gravidez, mas negativo).

Batman Arkham City é o episódio mais bem sucedido da franquia, alcançou impressionantes 96 pontos no Metacritic ante 91 de Asylum, 76 de Origins (todos de PS3) e 88 de Knight (PS4).

Origins

Batman Arkham Origins como o nome propõe, se passa antes dos acontecimentos de Asylum e não foi produzido pela Rocksteady, mas pela Warner Bros Games Montreal e foi lançado em 2013. É clara a tentativa de lucrar em cima do sucesso da franquia, os mecanismos são praticamente os mesmos e não houve muita evolução ou novidade. A Rocksteady, inclusive, não o considerou na cronologia da saga principal, apesar de terem dado certa assistência à Warner Bros Games Montreal, e manteve a proposta inicial de uma trilogia fechada com o lançamento de Batman Arkham Knight. Origins funciona então como uma espécie de spin-off.  É véspera de natal e uma recompensa pela cabeça do mais novo justiceiro de Gotham é oferecida pelo vilão Máscara Negra. Isso atrai à cidade os oito maiores assassinos de que se tem notícia. O Batman ainda não é reconhecido como herói e a polícia local também vê seus atos com desconfiança.

Batman Arkham Origins traz como únicas novidades a estreia do Batwing, que não pode ser controlado, mas é usado para viajar pelo mapa, o modo multiplayer e alguns vilões menos conhecidos como o próprio Máscara Negra. Apesar de não ter sido aclamado pelo mundo gamer, o jogo foi bem recebido pela crítica e garante boa horas de diversão com a campanha principal, as missões secundárias e o já citado modo multiplayer.

Em 2013 também foi lançado Batman Arkham Origins Blackgate para Nintendo 3DS e Playstation Vita. O game foi feito pela Armature Studio e se passa depois de Batman Arkaham Origins. Nele, após uma rebelião em na prisão Blackgate, Batman é chamado para colocar ordem no lugar. A mecânica é semelhante ao jogos da série apesar de ter feito praticamente do zero. Uma versão melhorada foi lançada posteriormente para PS3, Xbox 360, Wii U e PC.

Knigth

Estreando na nova geração e fechando a “trilogia” da Rocksteady, Batman Arkham Knigth foi lançado no final do mês passado (junho/2015) com a responsabilidade de fechar a saga com chave de ouro e satisfazer as expectativas dos gamers, que o tem como um dos lançamentos mais aguardados do ano!

Arkham Knigth é um game audacioso e a Rocksteady se colocou à prova. Primeiro que dispensaram o Paul Dini, roteirista dos dois primeiros games e preferiram usar um time de roteiristas próprios. Também introduziram um vilão inédito, o Arkham Knight do título e pela primeira vez temos o Batmóvel que não serve apenas como transporte, mas como auxílio na solução de enigmas e avanços dentro da história. O enredo nos conta que o Espantalho sobreviveu ao Arkham Asylum e juntamente com o Arkham Knigth pretende lançar em pleno Halloween a toxina do medo para causar a destruição de Gotham. Algo bem semelhante ao plano de Ra’s Al Ghul no filme Batman Begins, diga-se. Na verdade o plano com a toxina é mais coisa do Espantalho, enquanto a verdadeira intenção do Arkham Knight é matar o Batman.

Arkham Knigth é um game audacioso e a Rocksteady se colocou à prova. Primeiro que dispensaram o Paul Dini, roteirista dos dois primeiros games e preferiram usar um time de roteiristas próprios. Também introduziram um vilão inédito, o Arkham Knight do título e pela primeira vez temos o Batmóvel que não serve apenas como transporte, mas como auxílio na solução de enigmas e avanços dentro da história. O enredo nos conta que o Espantalho sobreviveu ao Arkham Asylum e juntamente com o Arkham Knigth pretende lançar em pleno Halloween a toxina do medo para causar a destruição de Gotham. Algo bem semelhante ao plano de Ra’s Al Ghul no filme Batman Begins, diga-se. Na verdade o plano com a toxina é mais coisa do Espantalho, enquanto a verdadeira intenção do Arkham Knight é matar o Batman.

Este que vos fala já está com o game em mãos e curtindo muito. A impressão que tenho é que o Batman “cresceu”! O jogo evoluiu muito. Está mais fluído, mais bonito, mais sombrio, tanto que recebeu classificação indicativa para maiores de 17 anos, algo inédito na série. Os movimentos estão mais fáceis e você pode explorar o dito “mundo aberto” inclusive com as possibilidades já conhecidas de seguir o enredo ou fazer missões paralelas. A única coisa que particularmente achei complicado foram os menus de armas e up grades, que inclusive são muitos, o que claramente demanda mais tempo fazendo missões paralelas e treinos para juntar pontos. O Batmóvel é bem divertido, mas muito “liso”, não encontro outro palavra para descrever! É muito leve e você demora um pouco para pegar o jeito e não sair derrapando e destruindo tudo! Ele é indispensável para destruir alguns tanques espalhados pela cidade e em momentos chaves é necessário para puxar cabos, elevadores e abrir buracos em paredes ao estilo hollywoodiano! Eu não sou perito em games de corrida, então vou me virando como posso. Ele ejeta o Batman para iniciar voos pela cidade e pode ser chamado a qualquer momento, unindo mais funções aos botões e complicando um pouco mais a vida das pessoas sem coordenação motora para alguns games como eu… kkkk! Mas o game em si é excelente! Como a cidade foi evacuada, ela está relativamente vazia, mas os capangas vão aparecendo, inclusive eles também usam carros e chegam atropelando você se não tomar cuidado. Alguns fogem ao ver o Batmóvel. O efeito de chuva é muito bom e clima sombrio como um todo é sensacional. Resumindo: vale à pena!

Seja o Batman

Se fosse para resumir a saga Batman Arkham em uma palavra eu diria: imersão! Esse é o segredo do sucesso dela e o norte seguido pela Rocksteady desde o início. Você não comanda o Batman, você se torna o Batman, você é o Batman e sair fazendo combos socando porrada nos bandidos de Gotham é muito legal sem necessariamente fazer apologia a violência, pois lembrem-se: o Batman não mata! Eu adoro aqueles momentos que você precisa limpar uma área cheia de capangas sem ser visto, furtivamente! Com certeza essa é uma das sagas mais legais dos games eu recomendo muito! Jogue e rejogue cada um dos títulos dessa série fantástica e seja o Batman sem medo de ser feliz. Sombriamente feliz!

Um grande abraço e até a próxima!

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