
Quando a série Chronicles foi anunciada, a minha reação foi péssima. Quero dizer, é legal que seja possível notar novas configurações fora do meio habitual, que seria o 3D mundo aberto.
Tais jogos Prince of Persia inspirados em Ninja Gaiden 2.5D (incluindo ACC: China do ano passado) são as próximas apostas de sucesso (ou não), embora com algumas ressalvas.
Neste conto os jogadores irão assumir o papel de Arbaaz Mir – um assassino que acaba roubado o diamante Koh-i-Noor, uma “Piece of Eden”. O ano é 1841, e Arbaaz se vê na eterna luta entre assassino vs. Templários no novo cenário ambientado na Índia. A narrativa nos carrega pelas mãos, com vários quebra-cabeças e combate (ou melhor, a opção para evitar combate) desafios a enfrentar ao longo do caminho, e pouco na forma de exposição ou de construção mundo.

É bem honesto no que se propôs e muito parecido com o capítulo anterior – ACC: China, em que a história realmente não chega a empolgar, mas também não atrapalha. Aqui em ACC: Índia mantém o estilo visual único de China que parece ter sido retirado de uma galeria de arte, mas com tons mais vibrantes e belos efeitos. Por várias vezes me peguei parado vislumbrando a beleza da paisagem, que é algo que raramente faço em títulos 2D – mas, novamente, a Ubisoft (por meio da Climax) soube refazê-lo com maestria nesse departamento).

Caso esteja se perguntando se ainda está seguindo o mesmo formato de plataformas como em China, a resposta é sim. Os níveis são bastante lineares, mesmo quando seções específicas têm soluções diferentes (como assobiando para distrair os guardas, usando o gancho, e assim por diante). Mais uma vez, o diferencial aqui são: a mecânica de plataformas reais, o som e do “botão do stealth / botão executar” , tornando uma ótima experiência no formato 2D. Porém, essa mesma experiência começa à ruir quando enfrentamos frequentemente os mesmos tipos de inimigos sucessivamente.
Em ACC: Índia, assim como em ACC: China, desestimula completamente o combate e exalta a total discrição. O jogo castiga-o com um baixo nível de saúde e uma quantidade limitada de armas e equipamento de combate, por isso, se você não gosta de stealth, pode ser que prefira passar longe desta série. Pessoalmente, gosto de ambos os estilos e me adapto conforme a situação. E ele responde muito bem nesse quesito.

Uma vez que a história (campanha) seja finalizada, há um New Game Plus e uma opção “New Game HARD”. Felizmente, a Ubisoft acrescentou um outro elemento para ACC: Índia sob a forma de desafios os quais são basicamente no mesmo estilo surrealista de “VR” como retorno ao passado e com objetivos baseados em tempo à serem concluídos.

Assassins Creed Chronicles: Índia não é um conjunto muito diferente em comparação ao seu antecessor – ACC: China. Não que seja ruim, já ACC: China é um bom jogo, mas traz consigo menos novidades ao estilo 2,5D, entretanto a experiência principal é melhorada devido a alguns ajustes na jogabilidade, bem como a adição do modo Desafio acima mencionado.
