
Essa é uma das perguntas que todos nós já sabíamos a resposta. Simplesmente pelo fato de ter sido lançado entre dois monstros do entretenimento mundial: Battlefield 1 e Cod: Infinite Warfare, justamente entre os dias 21 de Outubro e 04 de Novembro, respectivamente, e Titanfall 2 estreando no dia 28 de Outubro.
Não há a menor sombra de dúvida de que este foi o ponto crucial para seu “fracasso” comercial. Exatamente como ocorre por vezes, no mercado cinematográfico.

Cabe ressaltar, que o jogo não é ruim. E muitos gamers ainda afirmam que é o melhor deles, mas suas vendas estão longe do esperado para um jogo desse nível de produção. E olhem que não figurou nem mesmo entre os 10+, na última semana de janeiro!
O ano passado foi um sucesso estrondoso para um ramo específico dos jogos: FPS (ou Tiro em Primeira Pessoa). Call of Duty: Infinite Warfare, por exemplo, rumou para o espaço como nunca antes (ok, mas de forma bem limitada em outro jogo da saga), enquanto que Battlefield 1 viajou para o passado, mais precisamente para a Primeira Guerra Mundial. E antes disso, tivemos os competentes Doom, Dishonored 2, Deus Ex: Mankind Divided e a cereja do bolo com Overwatch. Em Titanfall 2, se manteve a qualidade do multiplayer anterior e acrescentou uma campanha de grande qualidade.

E todos os esforços da Respawn devem ser louvados, pois conseguiram desenvolver a base do Titanfall anterior para criarem uma boa sequência. Por mais que seja um estúdio novo, seus membros são bem experientes, onde muitos deles já passaram por projetos como Call of Duty e outros clássicos.
Mal comparando, é como se este jovem, porém experiente estúdio, tenha sido esmagado pelo peso de dois titãs – não os do jogo, mas os do mercado. Nunca saberemos se terá sido por excesso de confiança, desleixo, ou qualquer outro motivo, mas o fato é que Titanfall 2 jamais deveria ter sido lançado entre CoD e BF. Jamais.

Como ambos, Battlefield 1 como Titanfall 2, pertencem à Electronic Arts, é no mínimo estranho isso ocorrer, da forma como foi, quase como uma falha de visão ou planejamento. Talvez, a decisão mais acertada seria o adiamento de Titanfall 2 para o primeiro trimestre de 2017. Mesmo sabendo das consequências e custos consideráveis que implicam, mas um resultado poderiam ser mais impactante no mercado, ao invés do que ocorreu.
Um outro fator determinante poderia estar relacionado com o orçamento atual da maioria dos jogadores. A carteira, infelizmente, não dá para tudo, e muitos jogadores teriam adquirido a edição especial de Call of Duty: Infinite Warfare, que também inclui a versão remasterizada de Call of Duty: Modern Warfare, um dos mais populares jogos de ação na primeira pessoa. E somente por isso, houve um aumento ainda maior da fatia em termos de opções para os jogadores, enquanto que ao mesmo tempo custou-lhes ainda mais dinheiro que o normal. Com uma única edição especial, Call of Duty: Infinite Warfare teria roubado tanto o espaço quanto dinheiro de Titanfall 2.

Apesar das vendas desastrosa de Titanfall 2, acreditamos que este não seja o final da Respawn ou da franquia. A qualidade demonstrada pelo estúdio, demonstrou em apenas dois jogos o seu futuro, e Titanfall tem todos os argumentos necessários para ganhar o seu espaço na indústria.
Contudo, é obrigatória a atenção máxima e cuidado especial, por parte da EA, no planejamento e cronograma caso venham a lançar Titanfall 3. Potencial ele tem para agarrar definitivamente os fãs do gênero, e é perfeitamente possível ocupar de vez o lugar mais alto dos jogos em primeira pessoa.