Review – Batman: Arkham Knight

Após uma longa espera e especulação, ELE chegou. Agora, você pode ser “O Morcego“! Com uma enorme publicidade (“BE THE BATMAN”), você será colocado sob o manto do Cavaleiro das Trevas,  em um último esforço para salvar Gotham City. Porém desta vez, um outro inimigo (com possíveis alianças) é a forte e real ameaça desta vez, e não o Curinga.
Nesse capítulo final da trilogia da Rocksteady coloca o mascarado, mais uma vez através em eventos perigosos, enquanto ele tenta salvar Gotham a todo custo. Desta vez, Espantalho ameaçou transformar a cidade inteira em um pesadelo detonando a indústria Ace Chemicals para espalhar sua Toxina do Medo. Os moradores de Gotham são evacuados e cabe ao Comissário Gordon, dar conta de todo esse caos, na companhia do próprio Homem-Morcego. Porém, Espantalho já precavendo-se, contrata um mercenário denominado Arkham Knight (ou Cavaleiro de Arkham, na tradução), liderando uma milícia poderosa com um único propósito: Exterminar o Batman.
A Rocksteady soube ouvir o clamor dos fãs e trouxe, pela primeira vez, O Batmóvel! Naturalmente o universo criado por ela expandiu-se e progrediu do Arkham Asylum, para a cidade de Gotham, dando mais campo para ser explorado. E bota campo nisso! A grande cidade de Gotham fervilha em caos e desordem propostas pelas milícias, bandidos e até ocasionalmente alguns dos maiores inimigos do Batman. E o para facilitar o trajeto nas ruas em guerra, o Batmóvel preenche esse quesito. Meio carro, meio tanque, você pode finalmente transitar por Gotham, em seu veículo blindado que também pode se transformar em um tanque, a fim de lutar contra as forças inimigas.
A jogabilidade é extremante similar aos jogos anteriores, bem como as ações de combate e gadgets, E muito pouco de novo em termos de mecânica é apresentado aqui. Por exemplo, foram acrescentados novos movimentos como “Fear Takedowns “, onde você pode incapacitar vários inimigos de uma só vez ou em cadeia. 
Quanto aos enigmas, sim o Charada retorna com alguns dos segredos mais cruéis e inteligentes, para isso o Batman contará com a sempre útil ajuda do Batmóvel. A adição dos veículos, amplia todo um leque de possibilidades ao jogo, em combates contra outros veículos ou até mesmo inserindo-o em um combo de lutas surreal! 
Mas é na narrativa que a série Arkham sempre brilhou e onde Arkham Knight dá um passo adiante, em um verdadeiro destaque e grande diferencial. A história que se desenrola o jogo é fantástica. Como sempre, a Rocksteady segue de perto os capítulos anteriores da série e ele começa com você cremando o Coringa (não, isso não é spoiler, pois se ainda não jogou Arkhan City, está errado!). No desenrolar da história, encontramos Batman encarando o assustador Espantalho, atacando justamente seus medos mais profundos. Aliando-se ao misterioso auto proclamado Cavaleiro de Arkham, sistemática e propositalmente estilizado como Batman, um adversário que não apenas se parece com ele, mas também luta como ele. 
Após ter sido infectado pelo sangue Coringa em Arkham City, Batman encontra-se juntamente a outras vítimas do sangue do Coringa . Dessa forma, como Batman terá que lidar com contra estes vilões do mundo real, e em que ele mesmo está sendo assombrado por um Coringa imaginário, seguindo-o por toda a cidade, continuamente aparecendo na sua frente, sendo tudo isso fruto de sua imaginação. Além das ameaças reais que Batman tem que cuidar, sem dúvida sua maior batalha será travada dentro de si mesmo.
O equilíbrio entre medo e poder como Batman torna-se palpável conforme a história avança. O jogo lhe direciona para alguns lugares muito obscuro, enquanto luta com um Coringa fruto de sua imaginação, encorajado pela Toxina do Medo do Espantalho e o Cavaleiro de Arkham, o qual parece saber demais sobre o próprio Batman. O que sempre fez a série Arkham tão especial, na minha opinião, está na maneira magnífica de como criaram e contaram todas estas excelentes histórias ao redor da mitologia de Batman. Arkham Knight eleva essa questão e cria algo muito melhor do que simplesmente uma grande história de Batman, para um história verdadeiramente global.
Afinal de contas, o quanto Arkham Knight é bom? Um estrondoso e sonoro SIM é a minha reposta!!! De longe é o melhor jogo de Batman que você irá jogar e ainda, o melhor jogo de super-heróis até o momento.
Entretanto, embora seja tudo isso que já disse acima ele, não é prefeito e pois possui ao meu ver alguns detalhes que me desagradaram ou incomodaram em algum momento. A chegada do Batmóvel foi sem dúvida um sucesso e algo impressionante, ampliando suas possibilidades e tornando o jogo MUITO mais divertido… mas creio ter havido um certo exagero nas missões com veículo blindado do Homem-Morcego. À qualquer momento (ou quase isso) pode-se chamar o Batmóvel para lhe ajudar nos combates, nas charadas e no transporte propriamente dito. O combate contra os tanques da Milícia foram de certa forma excessivos. Até legais no seu inicio, mas cansativos ao longo do game. Os controles do Batmóvel também são bastante questionáveis, em certos pontos. Enquanto no modo tanque, sua movimentação mais cadenciada e controlada seja OK, no modo normal, os controles por vezes beiram a irritação. O menor toque indevido no direcional direto, o veículo perde completamente o traçado, podendo chocar-se em alguma parede ou em uma cambalhota sem o menor sentido… 
A revelação da identidade do Cavaleiro de Arkham é controversa, embora funcione bem a medida que avançamos na trama. O enredo rico em nuances e reviravoltas, oferece uma campanha tensa e  psicológica para as áreas mais escuras de Gotham, e de quebra invade os cantos mais profundos da psique de Batman, questionando assim sua sanidade. Posso estar enganado, mas creio ter havido um  foco maior (e desnecessário) na milícia do Cavaleiro de Arkham, nas sidequests e nas batalhas contra os tanques; Mas com certeza, tais pequenos problemas apontados aqui não tiram o brilho deste espetacular e memorável game, sendo um dos meus preferidos desse ano de 2015.

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